A CAMINHO DO FUTURO
O ESTILO JAPÔNES DOS PRÓXIMOS ANOS SE REVELA NO MAZDA MX-3
Os carros dos filmes de ficção científica da década de 50 eram semelhantes ao Mx-3.
Tudo indicava que essas linhas, no futuro jamais seriam exploradas pela industria. Mas aquele futuro chegou para os projetistas da Mazda.A traseira alta e aerodinâmica toda de vidro, as enormes portas de formato elipsóide e os spoilers na frente e atrás remetem sem escalas para o século XXI. Outros detalhes de estilo ( luzes laterais e grade em forma de elipse) reforçam ainda mais essa impressão de modernidade. Ao se conceber o cupê, o design monopolizou as atenções – enquanto seu desempenho ficou meio esquecido.
O DESIGN É MELHOR QUE O DESEMPENHO
Aparência no entanto não é tudo, seu acanhado espaço interno para as pessoas que viajam no banco traseiro e o porta malas diminuto (231 lts) servem como exemplo disso. E ao testar o Mx-3 equipado com o motor 1.6 de 4cc e 90 cv de potência, Quatro Rodas comprovou que a modernidade neste modelo se restringe ao design.
É evidente que um propulsor de 1598 cm3 não faz milagres – nem com toda a tecnologia disponível. Por isso o coupé acelerou de 0 a 100 em 12s48, atingiu uma máxima de 173,9 km/h e fez retomada de 40 a 1000 mts em 41s35 resultados regulares semelhantes ao do Kadett 1.8 e idêntico nível de estabilidade ao do Gol Gti. Isso explica porque há uma tendência de sair de frente nas curvas.
Se para os padrões nacionais de desempenho o coupé não chega a impressionar ,imagine quando comparado ao Suzuki Swift 16V o pequeno japonês tem 100cv .
E acelera em 10.57s até os 100km/h e máxima de 180 km/h. e isso por 25500 dólares contra os 35570 do belo mazda mx-3.
Em compensação como tem se mostrado os carros japoneses o Mx-3 é bem silencioso seu baixo ruído é semelhante ao Kadett. Embora sua perfomance nesta versão não seja espetacular, dirigir o esportivo é bem agradável.
A direção hidráulica apresenta regulagem perfeita: leve em baixas e firme em velocidades mais altas. Os engates do câmbio são precisos e macios. De fácil visualização o painel possui relógio digital ,marcadores de combustível e temperatura, e velocímetro até 240 km/h e conta-giros com limite de 8000rpm, a faixa inicia em 6300 giros. A regulagem do volante de quatro raios é um bom item de conforto mas em compensação não há ajuste de altura para o banco do motorista.
Trata-se enfim de um esportivo barato de desempenho mediano mas que se sobressai em beleza. Em 1994 a Mazda vai começar a importar a versão 16V e a equipada com o menor motor V6 do mundo – 1.8 6 cilindros 24 válvulas , gerando 136 Cv. Ai sim teremos um Mx-3 com desempenho à altura do design.
RESULTADOS DO TESTE DO MOTOR 1.6 SIMPLES
ACELERAÇÃO 0 A 100 -12s48
VELOCIDADE FINAL – 173,9 km/h
CONSUMO NA CIDADE - 9,12 km/l
CONSUMO ESTRADA – 12,52 km/l
NÍVEL DE RUÍDO – 64,7 decibéis
FRENAGEM – 100 a 0 km/h – 42,5 metros
TORQUE – 13,8 Kgfm a 4000 mil rpm
MOTOR – Gasolina, transversal, 4 cilindros em linha alimentado por injeção eletrônica multiponto.
“Frente em cunha e traseira alta: linhas para o futuro. O propulsor 1.6 de 4 cilindros gera apenas 90 cvsão poucos cavalos para um esportivo de 1054 kg”
“ O painel funcional permite boa visualização dos instrumentos . O volante de 4 rais é um toque esportivo”
REPORTAGEM LUIZ BARTOLOMAIS JR
FOTOS CLAUDIO LARANJEIRA
Transcrita da Revista QUATRO RODAS número 401 de dezembro de 1993 por Paulo_MX-3.
Link para imagens da Revista
aproveitando novamente o link da propaganda do Mx-3